Docentes da capital decidiram na manhã desta quinta-feira que a greve começa em todas as unidades de ensino

Os professores da Rede Municipal de Educação de Goiânia realizaram nesta quinta-feira (22/5) uma assembleia geral e decidiram que a greve em todas as unidades de ensino da capital começará na próxima segunda-feira (26/5). O movimento aconteceu em frente à Secretaria Municipal de Educação (SME), no Setor Leste Universitário. Depois os docentes seguiram para a Avenida Anhanguera, retornando para a porta da pasta.

Os servidores administrativos, docentes e auxiliares de atividades educativas, junto com o comando de greve, afirmam que o prefeito Paulo Garcia (PT) não cumpriu com a maioria dos pontos firmados em outubro do ano passado, quando houve a última greve, que durou quase um mês. Dentre os pontos estão incorporação da gratificação de regência de classe, o pagamento das titularidades, as progressões.

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O assessor da SME, Anderson Gonçalves, esclareceu na reunião realizada no último dia 15, que os pontos dos documentos assinado pelo prefeito no ano passado são compromissos a serem cumpridos. Nessa reunião a SME informou que as reivindicações serão atendidas a partir de agosto, “quando as contas estarão organizadas”.

O coordenador jurídico do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Antônio Gonçalves, reclama que não houve um plano de prazos para o cumprimento desses acordos. “A previsão era para até agosto, e não para depois de agosto”, afirma.

Antônio Gonçalves disse ontem (21/5) ao Jornal Opção Online, que o prefeito está jogando a responsabilidade da suposta crise financeira da prefeitura nas costas dos professores. “Se os acordos voltados para a melhoria da educação foram firmados, deveriam ter sido cumpridos durante esses últimos meses”, esclarece.

A Secretária Municipal de Educação, Neyde Aparecida da Silva, disse que até o fechamento dessa matéria não havia recebido a declaração oficial da greve. “Se eles protocolaram não recebemos nenhum comunicado.”

No próximo sábado (24) será realizada uma reunião na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás para discutir o rumo da greve.