Por conta de uma reestruturação, o prédio passará a ser chamado de Escola Politécnica e englobará cursos como engenharias, agronomia e informática, além de arquitetura e designer

Professores da Escola de Artes e Arquitetura da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) estão insatisfeitos com a mudança de nomenclatura da faculdade. Por conta de uma reestruturação, o prédio passará a ser chamado de Escola Politécnica e englobará cursos como engenharias, agronomia e informática, além de arquitetura e designer.

Os docentes acreditam que a nomenclatura desqualificará a história e cultura do departamento de artes da PUC, que tem 62 anos de existência. “Desaparecer com nome de ‘artes’ e ‘arquitetura’ é uma perda significativa. É muito desrespeito com as pessoas que tanto lutaram para formação desse DNA”, afirmou o professor arquiteto Antônio Manuel, egresso da escola.

A sugestão é que a faculdade leve o nome de “Escola de Tecnologias, Artes e Arquitetura”. Como forma de manifesto, foi organizado um abaixo-assinado na internet. O documento espera reunir mil assinaturas e será entregue à reitoria da PUC-GO. Até o fechamento desta matéria, 804 pessoas colocaram seus nomes no site.

A medida adotada pela Universidade visa diminuir despesas e garantir flexibilidade de locação de professores, o que é compreensível para os docentes da escola de artes. “Não temos nada contra os cursos técnicos, as engenharias, a computação ou a agronomia. Do ponto de vista administrativo e econômico, eles têm razão em fazer essa reforma, mas colocar nossos cursos, que usam a tecnologia como meio, não como fim, é descaracterizar nossa história”, pontuou Antônio Manuel.

A expectativa é que, ao ver o manifesto, a reitoria da PUC-GO considere reformular a nomenclatura da faculdade.

O Jornal Opção entrou em contato com a reitoria da PUC-GO, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.