Docente estava em sala de aula quando foi detida pela Polícia Civil

Segundo informações do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a professora e sindicalista Camila Marques foi presa na manhã desta segunda-feira, 15, no campus de Águas Lindas do Instituto Federal de Goiás (IFG). Ela estava em sala de aula quando foi detida.

De acordo com a deputada federal Jandira Feghali, a professora, que também é coordenadora geral, teria impedido que agentes da Polícia Civil interrogasse seus alunos.

A Assessoria Jurídica Nacional (AJN) do sindicato está acompanhando o fato, dirigindo-se ao local da detenção. “Cercamos de solidariedade a companheira Camila, lutadora aguerrida e sempre pronta a defender os direitos dos trabalhadores”, disse o sindicato em nota.

Polícia Civil

Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil de Goiás, no domingo, 14, o diretor do IFG procurou a Polícia Civil durante o plantão para informar que os adolescentes da instituição planejavam um ataque na escola, aos moldes do ocorrido em Suzano e em Realengo. “Por conta disso, o Delegado determinou aos policiais que fizessem buscas nas escolas pra ver se encontravam artefatos explosivos e similares”.

Ainda conforme a assessoria, foram feitas buscas nas escolas, em alunos e em seus armários, momento em que professora Camila começou a filma. “Os agentes pediram para parar, pois não poderiam expor menores, mas ela não parou e esteve incurso no crime de desobediência. Resistiu, inclusive, a entrar na viatura e teve que ser algemada”.

Por fim, a nota informa que, ela foi levada à delegacia, onde respondeu por um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por desobediência e foi liberada. “Já que no procedimento de TCO não cabe prisão”.