Uma professora da rede municipal de educação de Goiânia, foi indiciada, nesta quarta-feira, 26, pelo Grupo Especial de Repressão a Crimes Contra a Saúde (Geic) por venda irregular de medicamentos. A polícia identificou a suspeita como Ludmilla dos Santos Moreira Campos. De acordo com a investigação, ela comercializava canetas de tirzepatida, substância utilizada para o controle de diabetes e também para emagrecimento, por meio das redes sociais, sem autorização legal e sem acompanhamento médico.

Ao Jornal Opção, o delegado Alex Rodrigues, responsável pelo caso, a professora anunciava os produtos em plataformas digitais, prometendo perda de peso e indicando formas de uso e aplicação. “Ela comercializava e fazia esse anúncio nas redes sociais, atingindo uma gama indeterminada de pessoas”, afirmou.

Durante depoimento, Ludmilla negou a prática de comércio regular. “Ela falou que, na verdade, não fazia venda. Disse que as injeções eram para uso próprio e que tinha algumas seringas na geladeira. De vez em quando, quando algum conhecido pedia, ela fazia a venda como uma forma de facilitar o acesso ao medicamento”, relatou o delegado.

O conteúdo das canetas apreendidas está sob análise. “Ainda não é possível afirmar se os medicamentos eram adulterados ou não. Está aguardando o laudo pericial para falar de fato o que era a substância dentro de cada invólucro”, explicou Rodrigues.

O delegado reforçou o risco da compra de medicamentos sem procedência. “Quem compra esses medicamentos de origem desconhecida, sem acompanhamento médico, sem indicação médica, está colocando em risco a sua vida, sua integridade física”, destacou.

Ele lembrou que, embora medicamentos como a tirzepatida representem avanços importantes para quem realmente precisa, a aquisição deve ocorrer apenas pelos meios legais. “O medicamento deve ser adquirido nos canais oficiais, para que a pessoa tenha a segurança de estar comprando o produto correto, dentro dos parâmetros de produção do laboratório. É não colocar a saúde em risco”, concluiu.

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