Professor goiano é proibido de entrar no Congresso Nacional após manifestação contra o PT e PLN 36/14
15 dezembro 2014 às 11h04
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Educador Alexandre Seltz entrou com um pedido de salvo-conduto após ser impedido de entrar no órgão depois de protestar contra projeto que alterava a Lei de Diretrizes Orçamentárias da presidente Dilma Rousseff (PT)
Foi indeferido na última sexta-feira (12/12) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, o pedido de salvo-conduto do professor da rede pública estadual de Goiás, Alexandre Ângelo Seltz, para acompanhar qualquer votação no Congresso Nacional. O pedido foi feito depois que o professor foi retirado “à força” — junto com outros manifestantes — do plenário durante a votação do projeto que alterava a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 que ocorreu no último dia 2.
Em entrevista ao Jornal Opção Online, Seltz disse ter sido alvo da “máquina de choque” de um dos seguranças do Congresso. “O segurança pediu para que eu saísse, e eu disse que não sairia. Nisso, ele desferiu um tiro de taser na minha mão”, lembra. Inclusive, na ocasião, o senador eleito por Goiás Ronaldo Caiado (DEM) se juntou ao professor e aos outros manifestantes contra aprovação do projeto enviado por Dilma Rousseff (PT).
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No dia seguinte, Seltz conta que voltou ao Congresso, entretanto foi barrado por seguranças da Casa: “Eu não cheguei a entrar para acompanhar a votação, fui perseguido e considerado ‘uma persona non grata’. Logo depois, juntamente com o advogado Carlos Augusto Gonçalves, entramos com o pedido de salvo-conduto, que é um documento que permite a seu portador transitar por um determinado território ou local, mas ele foi negado pelo STF”, disse.
Na época, a Polícia Legislativa afirmou, por meio de nota, que a decisão de barrar a entrada de manifestantes era do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Nas redes sociais, Seltz demonstra indignação com a decisão: “Estou terminantemente proibido de entrar em qualquer dependência do Congresso em dia de votação. Um cidadão honesto, trabalhador e que paga os seus impostos está proibido de entrar na casa do povo. Observem que não estamos na Venezuela, tampouco na Bolívia”.
Seltz disse que pretende recorrer da decisão.