O candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, Professor Alcides (PL), precisou fazer um acordo com o Ministério Público após agredir uma professora do Centro Universitário Alfredo Nasser (Unifan). Segundo o boletim de ocorrência registrado pela vítima com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o deputado foi acusado pelos crimes de lesão corporal, injúria e constrangimento ilegal.

Ainda conforme o documento, a professora Keilly Magila Gonçalves Assis Moura foi submetida a exame no Instituto Médico Legal (IML), que confirmou as agressões físicas sofridas. Seis meses após o ocorrido, em 18 de agosto de 2011, Alcides compareceu a uma audiência preliminar representado por sua advogada, e firmou um acordo de transação penal com o Ministério Público (MP).

O Jornal Opção procurou a assessoria do Professor Alcides e até o momento da publicação desta reportagem não tivemos retorno. O espaço segue aberto para o posicionamento do candidato.

Para evitar a abertura de uma ação penal e uma possível detenção, o professor pagou uma multa de R$ 500 à Casa de Amparo e Reabilitação Feminina – Igreja Cristã Evangélica Avivamento de Goiânia, valor inferior ao salário-mínimo vigente à época. Segundo as testemunhas que presenciaram o fato, Professor Alcides também agrediu verbalmente a mulher com xingamentos.

A transação penal é um acordo que pode ser aplicado a crimes cuja pena máxima não ultrapasse dois anos. Nesse caso, Professor Alcides aceitou pagar a multa em troca da não formalização do processo criminal.

Novo episódio

Ainda em 2011, Keilly Magila voltou à Unifan para solicitar o comprovante de pagamento da taxa referente à primeira via do diploma de pós-graduação, concluído em 2009. Segundo ela, uma funcionária informou que o documento não seria entregue e o diretor financeiro a receberia, mas acabou sendo atendida pelo próprio Professor Alcides.

Conforme a professora, ele já a recebeu de forma exaltada, se recusou a emitir o comprovante e pediu para que a professora deixasse a sala. Diante da recusa de Keilly Magila em sair sem o documento, a professora alega que Alcides a segurou pelo braço, agrediu verbalmente com insultos, e, em seguida, desferiu tapas no seu rosto, puxou seus cabelos e a empurrou para fora da sala com a ajuda de seguranças. Ela ainda relatou que ele arremessou objetos, como telefone e livros, em sua direção.

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