Marcos Elias pode candidatar à reeleição na presidência do Conselho Estadual de Educação
05 novembro 2019 às 12h21

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No entanto, desgaste após suposto envolvimento em desvios de recursos do Pronatec pela Universidade Estadual de Goiás pode mudar cenário das eleições

O atual presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO), Prof. Marcos Elias Moreira, conclui seu primeiro mandato à frente do órgão no final deste ano, quando serão realizadas novas eleições para um mandato de dois anos.
Elias assumiu a presidência do CCE-GO em 18/12/2017 e ficará no posto até 18/12/2019. Ele pode se candidatar à reeleição, já que cada presidente pode permanecer por até dois mandatos consecutivos à frente do conselho, caso seja reeleito.
No entanto, Marcos Elias Moreira pode não ter sucesso no pleito ou sequer se candidatar às eleições, que serão realizadas dia 29 de novembro de 2019, devido ao desgaste em sua imagem por conta do seu suposto envolvimento em desvios de recursos do Programa Nacional do Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) pela Universidade Estadual de Goiás.
Entenda
Reportagem do Jornal Opção registrou que: “Ao analisar as contas de 2018, a CGE constatou que a UEG recebeu R$ 8,99 milhões do Pronatec e utilizou R$ 8,65 milhões em despesas com pessoal. Desse total, R$ 4,8 milhões — ou seja, 53,4% do valor — foram gastos com 248 pessoas do apoio administrativo. A fatia inclui o reitor e membros da alta direção da Universidade. Outros R$ 2,3 milhões (26,1%) foram pagos a 324 professores e R$ 1,4 milhão (16,5%) repassado a 4.192 alunos”. Marcos teria recebido R$ 7 mil mensais como “coordenador pedagógico” do programa.
A investigação levou ao afastamento da cúpula da UEG, começando pelo reitor Haroldo Reimer. No entanto, segundo um grupo de cinco professores da UEG, pelo menos um nome foi preservado: Marcos Elias Moreira. “Não sabemos os motivos dos demais terem sido afastados, mas Marcos Elias Moreira ter sido preservado”, afirmam os mestres da universidade.
“Marcos Elias é presidente do Conselho Estadual de Educação. Ora, se o Conselho coordena os centros de educação do Estado, inclusive a UEG, qual é a isenção que Marcos Elias tem para presidi-lo? O correto é que seja afastado, ainda que provisoriamente, tanto da UEG quanto do Conselho”, afirma os professores. “Talvez fosse o caso de tanto a Controladoria quanto o procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Vechi, verificarem a questão”, disseram os docentes à época.