Decisão veio após publicação de matéria nesta segunda-feira, que relata encontro entre os dois. Conteúdo diz que supostamente empresário teria financiado campanha do procurador ao MPGO

Conversa entre Lauro Machado (à esquerda) e Maurício Sampaio ocorreu no início do mês, em um estacionamento de um centro de compras da capital. Fotos: Jornal Opção
Conversa entre Lauro Machado (à esquerda) e Maurício Sampaio ocorreu no início do mês, em um estacionamento de um centro de compras da capital. Fotos: Jornal Opção

O procurador-geral de Justiça de Goiás, Lauro Machado Nogueira, acionará judicialmente o cartorário Maurício Sampaio. Esse foi o posicionamento dele nesta segunda-feira (28/4) após saber do teor de uma matéria publicada pelo jornal “Diário da Manhã”, segundo sua assessoria. O texto afirma que os dois se encontraram no estacionamento de um centro de compras em Goiânia e iniciado uma conversa, que desencadeou em uma discussão.

Segundo a publicação, a conversa teria ocorrido no início deste mês. Lauro teria ouvido de Maurício que sua campanha a procurador do MPGO foi financiada com o dinheiro do empresário. A hipótese foi negada pelo procurador, já que os recursos, justificou, teriam vindo do bolso dos próprios membros da instituição.

Lauro considerou os relatos como uma tentativa de Maurício de “criar um fato para desmoralizar os promotores e usá-lo em sua defesa”.

Atuação do MPGO

O procurador não negou o encontro com Maurício e relatou que o cartorário reclamou da atuação do MPGO e de uma promotora em específico que estaria o perseguindo no caso que apura a morte do cronista esportivo Valério Luiz, assassinado em julho de 2012, do qual foi apontado como o mandante do crime.

Maurício também responde por ação de improbidade administrativa movida pelo MPGO por supostas irregularidades cometidas antes de ser afastado do 1º Tabelionato de Protestos e Registro de Títulos e Documentos de Goiânia, no Setor Central.

Lauro teria afirmado que saberia da inocência de Maurício nos casos. No entanto, o procurador rechaçou o que foi publicado, alegando que não é possível saber se o empresário é culpado ou não por desconhecer as provas existentes nos processos.

O procurador-geral confirmou que houve patrocínio de eventos realizados pela Associação Goiana do Ministério Público (AGMP) na época em que era presidente. O cartório que era dirigido por Maurício teria destinado dinheiro para a produção de material gráfico.

O Jornal Opção Online tentou contato com Lauro, mas por estar em viagem não pôde atender as ligações. O procurador participa de reunião ordinária no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) hoje e amanhã, em Brasília.