No dia em que o Ministério da Economia anuncia melhora na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, de 1,5% para 2%, o Banco Central (BC) informou na manhã desta quinta-feira, 14, que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um indicador prévio de desempenho do PIB brasileiro, teve queda de 0,11%% em maio na comparação com abril, na série com ajuste. A projeção de consenso era de avanço de 0,05% nesta base de comparação.

Em comparação a maio de 2021, houve crescimento de 3,7%, também abaixo das estimativas de alta do mercado, de 4%. Os dados refletem, de certa forma, os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do mês de maio, que apontam altas de 0,1% nas vendas do comércio varejista, de 0,9% em serviços e de 0,3% na produção industrial.

Na última semana, o BC divulgou os dados atrasados do indicador. O dado apresentado na semana passada tinha mostrado queda de 0,44% em abril, considerando a série livre de efeitos sazonais. Em março, a alta divulgada havia sido de 1,09%, já em fevereiro foi de 0,71%.

Já nesta quinta, junto com a divulgação do IBC-Br de maio, os dados para março e abril foram revisados para baixo. O dado de março passou a ser de alta de 1% na base mensal e de abril passou a ser de queda mais forte, de 0,64%.

O IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC, de frequência mensal, permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) de frequência trimestral, descreve um quadro mais abrangente da economia.

*Com informações do Valor Econômico e InfoMoney