Segundo IBGE, queda do grupo Educação – que representa o sexto maior grupo de consumo das famílias em Goiânia – freou um aumento ainda maior nos preços da capital

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a tendência é de nova alta nos preços em Goiânia. A estimativa foi traçada a partir da análise dos números registrados em agosto onde Goiânia registrou variação mensal de 0,15% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA 15).

A estatística diverge do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estando abaixo da variação variação nacional equivalente, segundo o estudo, a 0,23%.

Os pesquisadores destacam que a variação positiva na capital goiana acontece pela terceira vez consecutiva após os aumentos registrados em junho (0,13%) e de julho (0,39%). Com isso, o acumulado do ano, que chegou a atingir -1,02% em maio, agora fica em -0,35%.

Os maiores impactos positivos vieram da gasolina, energia elétrica residencial e do preço do automóvel. A análise por grupos mostra que os cinco grupos com maiores pesos na cesta de compras das
famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos em Goiânia apresentaram aumentos na prévia da inflação no mês de agosto.

Os Transportes, por exemplo, subiram 1,21%, com destaque para a gasolina (3,20%), o automóvel novo (1,11%) e automóvel usado (1,77%). Já a alimentação e bebidas subiram 0,23%, enquanto a habitação subiu 0,21%. Quanto a energia elétrica residencial, o registro foi de 0,71%; saúde e cuidados pessoais apresentou 0,67% de variação, e, por fim, o resultado para despesas pessoais foi de 0,13%.

Freio

Ainda de acordo com a pesquisa, a queda do grupo Educação freou um aumento ainda maior nos preços da capital. Vale lembrar que o grupo representa o sexto maior peso na cesta de compras das famílias de Goiânia.

A queda, segundo o IBGE, foi de 6,42% em agosto. Com a suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia, várias instituições de ensino concederam descontos nas mensalidades, que foram contabilizados no IPCA-15 de agosto.

Os preços dos Cursos regulares recuaram 8,41%. A maior queda foi observada no ensino superior (-12,77%), seguida pela creche (-6,77%) e pré-escola (-6,68%)

No índice geral, Goiânia variou 0,15%. Este é o terceiro menor índice do país, sendo a capital goiana a única com variação negativa no acumulado do ano (-0,35%).

O IPCA15

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 15 de julho e 13 de agosto de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de junho a 14 de julho de 2020 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange também as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba e Brasília.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.