Pressão ideológica na formulação da prova teria motivado demissões no Inep

12 novembro 2021 às 20h53

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Servidores denunciaram medo de desagradar o governo e fragilidade técnica da atual gestão

Servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) denunciaram sofrer pressão psicológica no processo de elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio de 2021. A vigilância velada em torno da formulação da prova teria como objetivo não incomodar o governo Bolsonaro.
As denúncias foram feitas a deputados da Frente Parlamentar de Educação. Na próxima semana, será votada uma audiência pública na Comissão de Educação da Câmara para detalhar os fatos.
O professor Israel Batista (PV-DF) protocolou uma denúncia contra o presidente Dupas na Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
As questões controversas não foram divulgadas por motivo de sigilo. Segundo informou o portal G1, dois servidores que pediram demissão nos últimos dias alegaram que alguns temas ficariam de fora da prova porque desagradariam ao presidente. O Inep não se manifestou.
O deputado federal Felipe Rigone (sem partido) informou que ouviu denúncias de assédio moral dentro do Inep. Alguns funcionários estariam até mesmo de licença médica por conta dos episódios.
Nos últimos dias, 37 servidores pediram demissão de seus cargos no Inep. O motivo alegado foi fragilidade técnica e administrativa da gestão.
Com informações do G1