A policial mantida refém foi liberada sem ferimentos. Uma sindicância deve apurar os fatos e apontar os responsáveis

Os detentos envolvidos no motim realizado na Unidade Prisional de Bela Vista de Goiás decidiram se entregar na noite de sexta-feira (16/5), por volta das 21h. Os policias tentavam negociar o fim da rebelião desde às 14h30, mas só obtiveram sucesso com a presença da imprensa, que passou a acompanhar as negociações.

A policial que era mantida refém por cerca de 27 detentos amotinados foi liberada sem ferimentos. Após o fim da rebelião, policiais e representantes da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus) realizaram varredura na unidade prisional.

A Sapejus comunicou que vai abrir sindicância para investigar a tentativa de fuga coletiva e indiciar os responsáveis. Se a rebelião contou com a participação de algum agente da polícia, o servidor deve responder de acordo com a lei.

O motim começou após agentes plantonistas frustrarem a tentativa de fuga na unidade. No meio do tumulto, pelo menos um dos prisioneiros conseguiu fugir. Ele foi identificado como Victor Hugo França Antoneli, detido por tráfico de drogas.

Os detentos remanescentes conseguiram tomar três armas de agentes penitenciários e deram início à rebelião. 14 deles se entregaram e outros 27 continuaram amotinados. Três ou quatro seriam da ala feminina. Os rebelados queimaram colchões e outros objetos, e exigiram pelo menos cinco coletes à prova de balas.

Segundo a Sapejus, duas das armas tomadas pelos presos foram devolvidas. Um dos presos foi baleado na perna e recebeu atendimento médico. Outros dois presos também foram encaminhados para uma unidade de saúde.