Preso acusado por lavagem de dinheiro, fundador da Ricardo Eletro presta depoimento ao MP
09 julho 2020 às 14h43

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Investigadores apontam crimes fiscais cometidos por Ricardo Nunes, que ao todo teria desviado cerca de R$ 400 milhões dos cofres públicos
Preso provisoriamente desde a quarta-feira, o fundador Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, depões na tarde desta quinta-feira, 9, ao Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG). O empresário é acusado de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
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Nunes, que está preso em caráter temporário desde a manhã de ontem, em Belo Horizonte, é investigado como o principal beneficiário de um esquema criminoso que, segundo promotores e delegados, desviou cerca de R$ 400 milhões do cofres públicos.
Segundo os promotores e o delegado que cuidam do caso, por cerca de pelo menos dez anos, a Ricardo Eletro fraudou os cofres mineiros, deixando de repassar ao governo estadual o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que cobrava de seus clientes.
O esquema
Segundo informações do MPMG, as lojas da rede Ricardo Eletro cobrava dos consumidores, embutido no preço dos produtos, o valor correspondente aos impostos como ICMS, mas não fazia o repasse ao governo estadual.
Esse recurso seria utilizado para a compra de bens em nome de parentes já que a empresa de Ricardo se encontra em situação de recuperação extrajudicial.
Além dos mandados de prisão, a Justiça determinou o sequestro de bens imóveis de Ricardo, avaliados em cerca de R$ 60 milhões, para ressarcir danos causados ao estado de Minas Gerais. (Com informações da Agência Brasil Correio Braziliense e Globonews)