José Nunes apresentou dados desde 2017 e defendeu melhorias e investimentos realizados desde a compra da Celg

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga possíveis irregularidades na prestação de serviço feita pela concessionária de energia Enel em Goiânia ouviu, na tarde desta quarta-feira, 8, o diretor-presidente da Enel Goiás, José Nunes. Ele apresentou um balanço do que foi feito em Goiânia desde 2017, quando a CELG foi adquirida, destacando que já foram investidos R$ 562 milhões na Capital, além da ampliação de dez subestações de energia e construção de uma nova.

De acordo com as informações apresentadas por José Nunes, entre os principais investimentos está a instalação de equipamentos de automação que religam a energia automaticamente após detecção de queda. Segundo ele, em média os goianienses ficaram sem energia por 6,9 horas, em média, em 2021, um número bem menor do que o registrado em 2017, de 13,8 horas médias.

Durante a reunião, o presidente da CEI, vereador Mauro Rubem (PT), questionou Nunes sobre a qualidade do serviço prestado e o volume de reclamação de clientes. Segundo Nunes, a Enel Goiás está entre as empresas de energia que recebem menos reclamações por parte dos clientes. Em resposta, o vereador Mauro Rubem considerou difícil acreditar que a Enel seja uma das empresas com menor número de reclamações no país, uma vez que ela ocupa a 27º posição entre as 29 empresas de grande porte. Para Nunes, o ranking apresenta uma “relativização”, pois os resultados são comparados com metas estabelecidas pela Aneel. “Tem cliente que fica 30 horas sem energia por ano e a empresa que o atende é classificada como a terceira melhor do país. Em valores absolutos, nossa empresa fica melhor colocada em outras classificações”, afirmou. Ele disse ainda que a Enel subiu dez posições no ranking das empresas com menos reclamações desde que assumiu no lugar da Celg.

Depois da oitiva com o presidente da Enel, a CEI se encaminha para sua conclusão. De acordo com Mauro, duas reuniões devem ser realizadas nas próximas semanas, para analisar e votar o relatório final, que será redigido por Bruno Diniz (PRTB), substituto do relator original, Ronilson Reis (Brasil 35), licenciado desde maio. Para compor o número de integrantes da comissão nas próximas reuniões, foi efetivado, no lugar de Ronilson, Rafael da Saúde (DC).