“Se no momento do depoimento do Hans tivéssemos aquela prova na mão, aí eu poderia dar uma voz de prisão a ele”, diz senador sobre ataques à jornalista Patrícia Campos Mello

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O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, senador Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou que “quem mentiu foi o Hans”, em referência ao ex-funcionário da empresa Yacows que difamou a jornalista Patrícia Campos Mello em audiência na última terça-feira, 11 de fevereiro. Hans foi convidado a falar sobre seu trabalho na empresa de disparo em massa de mensagens via Whatsapp durante a campanha eleitoral de 2018.

Em entrevista exclusiva à Agência Pública, Coronel falou sobre as polêmicas recentes e os próximos passos da Comissão. Dentre as proposições finais, ele prevê projetos de lei para endurecer as penas para o crime de difamação e para obrigar as plataformas de redes sociais a manterem sede do Brasil para operar no país.

“As provas de que ele realmente mentiu só saíram à noite, quando a Folha publicou o achaque que sofreu a jornalista Patrícia. Se no momento do depoimento do Hans tivéssemos aquela prova na mão, aí eu poderia dar uma voz de prisão a ele”, disse o senador. “Nós vamos agora no relatório final, provavelmente, pedir o seu indiciamento ao Ministério Público”, adiantou o presidente da CPMI.

Sobre os ataques à jornalista Patrícia Campos Mello, Angelo argumentou que parlamentares não podem simplesmente usar seus espaços em plenário ou em alguma mídia contrária para depreciar pessoas. “Eu quero até me solidarizar com a jornalista Patrícia, principalmente porque ao final ela demonstrou que ela não mentiu, que quem mentiu foi o Hans”, declarou. (Com informações da Agência Pública)