Proprietário do pit-dog diz que foi surpreendido com a ação da Guarda Civil Metropolitana. Materiais da sanduicheira foram destruídos. Sindicato cogita recorrer à justiça

Um vídeo flagrou o momento em que servidores da Guarda Civil Metropolitana cumpriam, nesta quarta-feira, 5, mandado de despejo contra um pit-dog localizado no Setor Urias Magalhães. A área foi doada ao Atlético Clube Goianiense, que possui Centro de Treinamento (CT) na região. O presidente do Sindicato dos Proprietários de Pit-Dogs de Goiânia (Sindpit-dog), Ademilton Pereira, disse que o proprietário foi notificado em abril do ano passado, porém, a instalação do imóvel em outro local ainda não tinha sido deferida pela Prefeitura de Goiânia.

De acordo com Ademilton, o sindicato realizou duas reuniões no CT do Atlético com representantes do clube que, por sua vez, se comprometeram em ajudar financeiramente o proprietário do estabelecimento com a compra de materiais de construções para a nova instalação do imóvel. No entanto, o Atlético não cumpriu com o acordo. Ele ressaltou ainda que o proprietário foi surpreendido com o despejo, mesmo tendo um processo em aberto que autorizaria a mudança do Pit Dog para um novo espaço.

“Fomos surpreendidos com o despejo, já que havíamos sugerido dois locais que, posteriormente, foram indeferidos pela prefeitura”, explicou. Com o despejo, o presidente do Sindipitdog estima um prejuízo exorbitante ao proprietário, já que os matérias retirados da sanduicheira foram destruídos.

Ademilton contou que pretende acionar a justiça para que o dono do imóvel obtenha a reparação dos bens materiais destruídos. “Vamos dialogar com prefeitura e buscar a melhor solução. Caso contrário, vamos ajuizar ação para que o dono do imóvel não fique no prejuízo”, frisou. O pit-dog funcionava no Setor Urias Magalhães há 25 anos e tem nove funcionários.

O presidente do Atlético, Adson Batista, disse que a prefeitura já tinha notificado o pit-dog e que o clube, inclusive, já tinha se comprometido a ajudar financeiramente o proprietário, porém o estabelecimento não cumpriu os prazos determinados pelo ente público. “O Atlético se comprometeu em realizar as melhorias na praça ou perderemos a área”, comentou Adson Batista.

“Neste momento não adianta culpar ninguém. Entendemos o impasse e desde o início somos sensiveis à situação, mas o pit-dog está irregular”, enfatizou. Segundo ele, o projeto que do time campineiro visa aperfeiçoar as condições dos espaços públicos e do entrono, além da conservação e manutenção dos locais.

O jornalismo do Jornal Opção entrou em contato com a Prefeitura de Goiânia solicitando posicionamento sobre a desobstrução da área que estava sendo ocupada pelo pit-dog. Porém, até o fechamento desta matéria, a assessoria de imprensa da Secretaria de Municipal Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) não recebeu às nossas tentativas de contato.