Prefeitura de Goiânia tem capacidade para receber o dobro do lixo eletrônico que atualmente recolhe
02 abril 2024 às 14h57
COMPARTILHAR
Separar o lixo e fazer o descarte adequado já virou hábito para muita gente, mas ainda enfrenta barreiras. Muitos consumidores ainda desconhecem o assunto ou são descrentes quanto ao impacto positivo que esse gesto pode gerar.
Dentro das categorias de resíduos, o lixo eletrônico (e-lixo ou resíduos de equipamento eletroeletrônico – REEE) merece uma atenção especial: seu descarte irregular gera um impacto ambiental ainda maior ao liberar metais pesados e substâncias químicas nocivas no solo e na água. A contaminação atinge lençóis freáticos e pode chegar aos cursos d’água. Por sua vez, a contaminação do solo atinge a agricultura e a segurança alimentar. Os riscos para a saúde humana são preocupantes: essas substâncias podem causar danos neurológicos, respiratórios e câncer, entre vários outros problemas.
Em 2022, Brasil foi o quinto maior gerador de resíduos eletrônicos no mundo, com 2,4 milhões de toneladas, conforme o terceiro relatório mundial sobre lixo eletrônico, do Instituto de Treinamento e Pesquisa da Organização das Nações Unidas (Unitar/ONU). O estudo alerta ainda que a geração desse tipo de resíduo aumenta cinco vezes mais rápido que a reciclagem.
Coleta
Para problemas globais, soluções locais. Em Goiânia, o lixo eletrônico pode ser descartado na Central de Logística Reversa da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). O local recebe mensalmente, em média, 750 itens, mas a capacidade é muito maior. Somente em março, a central recebeu 36 impressoras, 118 carregadores e 24 aparelhos de celular, entre outros. Os itens mais descartados são equipamentos de informática, micro-ondas, TVs, fios, impressoras e carregadores de celular. Pilhas e baterias também são entregues à central.
Os equipamentos seguem para uma das 13 cooperativas parceiras da prefeitura, onde cada item é avaliado quanto à possibilidade de conserto para revenda, ou se será desmontado para a venda de peças separadas. Pilhas e baterias seguem para uma empresa de Brasília, onde terão sua destinação correta. Descartes eletrônicos possuem maior valor para reciclagem por possuírem metais nobres, como o ouro, além de alumínio, cobre e chumbo. Plásticos e vidros desses equipamentos também seguem são reciclados, gerando emprego e renda para cooperados e empresas.
A central fica na Rua S-3, no Setor Bela Vista, e funciona todos os dias da semana, das 7h às 22h. Não há necessidade de agendamento prévio, nem limite de quantidade a ser descartado.
Leia também:
Contrato com empresa para coleta de lixo em Goiânia é assinado; o que vem agora?