Prefeito Paulo Garcia anuncia extinção de sete secretarias e uma autarquia
21 março 2014 às 15h15
COMPARTILHAR
Com uma dívida de aproximadamente R$ 260 milhões e o gasto com pessoal ultrapassando a Lei de Responsabilidade Fiscal, as mudanças fazem parte da tentativa do prefeito de equilibrar as contas
Sarah Teófilo
Com informações de Marcello Dantas
A fim de conter gastos da Prefeitura de Goiânia, o prefeito Paulo Garcia (PT) realiza nesta manhã de sexta-feira (21/3) uma coletiva de imprensa no Paço Municipal para anunciar cortes de secretarias. Após uma reunião de aproximadamente 30 minutos a portas fechadas com vereadores da base e do bloco moderado, o prefeito anunciou a extinção de sete secretarias, incluindo as extraordinárias, e uma autarquia – todas do primeiro escalão. Além desse corte, já ocorreram demissão de 420 servidores comissionados da prefeitura, sendo mais da metade funcionários da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), local alvo de polêmicas devido a constatação de supersalários, que terão que ser ressarcidos.
Destas secretarias extintas, cinco serão incorporadas, como por exemplo, a Secretaria de Turismo, que será absolvida pela Secretaria de Esporte e Lazer. Com essas mudanças, o PT irá perder duas secretarias, enquanto o PMDB, PRTB, PTB e PTN perdem uma. As secretarias de Defesa Social, Legislativa e Trabalho Emprego e Renda também serão extintas. As secretarias extraordinárias de Políticas Metropolitanas, gerida por Adão da Feira, e de Acompanhamento de Projetos, cujo secretário é Senivaldo Silva, também serão extintas, assim como o secretário extraordinário Reinaldo Barreto, ex-secretário de Finanças.
O vereador Zander (PSL), do bloco moderado, disse que se depender dele o projeto, que ainda será enviado à Câmara, será aprovado sem muita dificuldade. Vereadores da base dizem que a oposição irá votar favorável à reformulação, afirmando que é isso que eles sempre pediram.
Na prestação de contas feita no último dia 12, realizada na pequena sala de comissões da Câmara Municipal, ficou constatada uma dívida da prefeitura de aproximadamente R$ 260 milhões e 0,96% de gastos com pessoal a mais do que o permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é 54%. Se até 15 de abril as contas não estiverem equilibradas, a capital terá problemas com os repasses de verba da União.