Operação foi deflagrada em março para investigar suposto ‘QG da Propina’ da Prefeitura do Rio. Celular de Crivella foi apreendido

Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira, 10. O Ministério Público e a Polícia Civil do RJ estiveram na casa do prefeito e no Palácio da Cidade em desdobramento da Operação Hades, deflagrada em março, para investigar um suposto ‘QG da Propina’ na administração do Rio.

De acordo com agentes, o celular de Crivella foi apreendido. Investigações apontam empresas que tinham interesse em fechar contratos, ou já tinham contratos firmados, com Rafael Alves, irmão do presidente da Riotur, Marcelo Alves. Com o acordo, Rafael seria o pagador de propinas, embora não tivesse cargo na administração. Ele também é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão.

Também são alvos da PF Mauro Macedo, ex-tesoureira de Crivella, e Eduardo Benedito Lopes, ex-senador, que foi suplente do prefeito.

QG da Propina

Após delação do doleiro Sérgio Mizrahy, preso da Operação Câmbio Desligo, o MPRJ abriu um inquérito para apurar um suposto ‘QG da Propina’, ligado à Prefeitura do Rio. O doleiro não soube confirmar participação de Marcelo Crivella no esquema.

Em depoimento, Mizrahy afirma que empresas tinham interesse em fechar contratos ou tinham dinheiro a ser pago pelo município após contratos com Rafael. Ele intermediaria a operação das empresas com a prefeitura. Rafael teria ajudado Crivella a viabilizar recursos para a campanha de 2016.

Depois da eleição, ele teria conseguido o cargo de presidente da Riotur para o irmão e montou o ‘QG da Propina’.