Prefeito de Estrela do Norte renuncia ao cargo
16 outubro 2015 às 14h01
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Ex-gestor alega não poder voltar ao município por correr risco de morte. Wellington é suspeito de participação no assassinato do ex-prefeito Geraldo Nicolau Filho
O ex-prefeito de Estrela do Norte (353 km da capital) Wellington José de Almeida (PMDB) renunciou ao cargo na tarde da última quinta-feira (15/10) após protocolar documento na Câmara Municipal do município. No texto, o ex-gestor alegou que renuncia ao cargo por estar correndo risco de morte.
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Ao Jornal Opção, o presidente da Câmara, Vanderli Antônio de Macedo, disse que a irmã de Wellington levou o documento à Casa, De acordo com ele, os vereadores estavam esperando o prazo de 15 dias em que o então prefeito estava afastado para cassar o mandato. “Esse é o prazo previsto em lei. Passou disso, é abandono de cargo. Por isso ele protocolou na data limite, que foi ontem”, disse.
Wellington José de Almeida está sendo acusado de participação no assassinato do ex-prefeito Geraldo Nicolau Filho, conhecido como Curica, no último dia 1º, no pátio do Motel Glamour da cidade de Mara Rosa. De acordo com as investigações, a vítima foi ao motel na companhia de Anésia Xavier Peres Almeida (cunhada de Wellington), que já teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Andrey Máximo Formiga, no dia 2 de outubro.
O presidente Vanderli disse que o clima na cidade ainda está tenso, mas os ânimos têm se acalmado aos poucos. O vereador não quis opinar sobre a possível participação do ex-prefeito no crime. De acordo com ele, Wellington continua sem dar notícias. “Ele está sumida. Ninguém tem notícias dele. Vamos esperar que a Justiça solucione o caso”, disse.
No último dia 7, o vice-prefeito de Wellington, Baltazar José Boaventura, foi empossado de forma preliminar após liminar expedida pela Justiça. Agora, conforme Vanderli, o prefeito interino será empossado em sessão nesta sexta-feira (16).
A desembargadora Avelirdes A. Pinheiro de Lemos, também no dia 7, decretou a prisão preventiva de Wellington José. De acordo com a magistrada, a prisão seria necessária para a manutenção da ordem pública, principalmente em razão da gravidade da conduta.