Prefeita mexicana enfrenta cartel da droga e é assassinada. Um dia depois que uma mulher foi eleita presidente

04 junho 2024 às 10h58

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Claudia Sheinbaum, uma especialista em meio ambiente, foi eleita presidente da República do México no domingo, 2. Trata-se de um novo tempo no país, pois ela é a primeira mulher a assumir o comando do Poder Executivo na terra de Elena Garro e Octavio Paz.
Entretanto, o México violento, uma das centrais do tráfico das drogas, continua livre e soberano. Na segunda-feira, 3, um dia depois da vitória de Claudia Sheinbaum, a prefeita de Cotija, Yolanda Sánchez Figueroa, foi assassinado a tiros. Ela já havia sido sequestrada, em setembro de 2023.
Cotija fica no Estado de Michoacán, no Oeste do México, nas proximidades de Jalisco, Estado onde a Seleção Brasileira jogou a Copa do Mundo de Futebol de 1970, com Pelé, Jaizinho, Tostão, Gérson, Rivellino, Félix, Carlos Alberto e Clodoaldo brilhando. Além de uma indústria agroexportadora poderosa, Michoacán é uma região turística muito apreciada.
Em 2023, Yolanda Sánchez Figueroa foi sequestrada pelo Cártel de Jalisco Nova Geração (CJNF). (Cártel, no caso, com acento.) Trata-se de uma das maiores organizações criminosas do país.
Envolvido com o tráfico de drogas e extorsão, o Cártel de Jalisco tentou controlar as forças policiais de Cotija, mas a prefeita se opôs. Por isso o sequestro. É provável que o cartel mafioso esteja por trás do assassinato da “alcaldesa” mexicana. O sequestro havia sido uma ameaça. Entretanto, como a gestora municipal não recuou, é possível que os criminosos tenham decidido executá-la.