Preço dos combustíveis deve ficar estável nos postos de Goiás, diz Sindiposto

04 janeiro 2022 às 16h38

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Em 2021, Petrobras reajustou os preços das gasolina 15 vezes, sendo 11 aumentos e 4 reduções
Mesmo diante do anúncio de novo reajuste feito no último dia 29 de dezembro pela Petrobras, os preços dos principais combustíveis, que registraram alta durante o ano de 2021, devem ficar estáveis nos postos do Estado de Goiás. Essa é a expectativa do presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, para este ano de 2022.
Com a nova correção, tanto em Goiânia, quanto em Senador Canedo, os preços da venda de diesel tiveram aumento de quase R$ 0,01. Para o presidente do Sindiposto, esse último anúncio acabou não tendo impacto para as distribuidoras, postos de combustíveis e também aos consumidores. “Essa movimentação de quase R$ 0,01 acabou sendo absorvido, não gerando impacto algum aos consumidores”, afirmou Márcio.
De acordo com ele, a expectativa do Sindiposto é de os preços fiquem estáveis, ao contrário do que ocorreu em 2021. Isso porque o cenário não é positivo para que ocorra redução dos preços nos próximos meses. “Essa estabilidade já é considerada uma boa notícia para quem precisa da matéria-prima”, enfatizou o presidente. Com o novo normal, ocasionado pela vacinação em massa, Márcio Andrade acredita que houve um aquecimento nas vendas ao comparar o período crítico da pandemia. O presidente destacou que, diante dos preços altos da matéria-prima, o poder de compra do consumidor diminui.
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Reajustes
Em 2021, a Petrobras reajustou os preços das gasolina 15 vezes, sendo 11 aumentos e 4 reduções. Já os preços do diesel foram reajustados em 12 situações, sendo nove aumentos e três reduções. No ano, a gasolina subiu 74% e o diesel, 64,7%. Em outubro, os Estados, incluindo Goiás, aceitaram congelar os valores de referência do ICMS por 90 dias. Porém, manifestaram que a medida é insuficiente para conter o aumento de preços dos combustíveis.
Os Estados entendem que é preciso discutir a política de preços da Petrobras para aliviar os sucessivos aumentos dos combustíveis. No mesmo mês, o governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado anunciou não pretendia cobrar Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os reajustes estabelecidos pela Petrobras. Durante a reunião, a secretária da Economia, Cristiane Schmidt, disse que a proposta representa um esforço dos Estados para conter a alta dos combustíveis. Na oportunidade, ela citou o dólar e a política de preços da Petrobras enquanto fatores limitadores no que se refere às ações que poderiam ser estabelecidas pelos Estados.