Apesar de estar “tranquilo” após ter se reunido com governador eleito Ronaldo Caiado no início da semana, Otávio Lage afirma que há preocupação com incentivos fiscais

Otávio Lage, presidente da Adial | Foto: reprodução

Em alerta à situação econômica sobre os incentivos fiscais do Estado de Goiás, o presidente da Associação Pró Desenvolvimento Industrial do Estado (Adial Goiás) Otávio Lage de Siqueira Filho falou com o Jornal Opção sobre o governo de transição.

Apesar de estar “tranquilo”, Otávio garantiu que há necessidade de “ver a intenção do novo governo sobre as indústrias, quais os segmentos que podem ter de abrir mão de alguma coisa”. Para isso, empresários de diversos segmentos se reuniram com o governador eleito, Ronaldo Caiado (DEM) no início desta semana.

“Foi um encontro ótimo, conversamos bastante, colocamos questões dos setores que estão no Estado para que Caiado conhecesse a realidade de cada segmento. Estiveram presentes representantes da industria farmacêutica, automobilística, agrícola, laticínios entre outros empresários”, lembrou Otávio.

O presidente da Adial Goiás reforçou que a reunião, apesar de ter sido importante, foi apenas de primeiro contato, uma aproximação de setores para “tratar da importância da reinstituição dos incentivos fiscais”. Isso, por que, segundo ele, há uma pequena preocupação sobre a possibilidade de que haja movimentação sobre o assunto dos incentivos, mesmo isso não tendo sido amplamente discutido no encontro.

Ainda de acordo com Otávio, há preocupação sobre a mudança nos incentivos fiscais de pendendo de como o governo atual entregar o Estado. “Existe uma demanda reprimida em relação a saúde e educação, então o governo pode querer aumentar a receita de alguma forma. Mas acho difícil alguma grande mudança acontecer, devido aos projetos aprovados que protegem as indústrias e empresas”, concluiu.

Mais tempo para a discussão

A 308ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), realizada no último dia do mês de outubro, ampliou o prazo para a reinstituição dos incentivos fiscais citados por Otávio. De acordo com o órgão, decisão foi importante para evitar esbarra na troca no Executivo e Legislativo. Data limite passou a ser julho de 2019.