Os tucanos devem concorrer a uma das 17 cadeiras disponíveis para a Câmara Federal no Estado de Goiás

Pré-candidatos pela federação do PSDB com o Cidadania para a Câmara dos Deputados, a presidente do diretório metropolitano do PSDB, vereadora Aava Santiago, e o jornalista Matheus Ribeiro (PSDB) trazem pautas progressistas para a sigla, que esteve mais à direita nos governos petistas e, agora, retomou a agendas da socialdemocracia com efeito da ascensão da extrema-direita ao poder executivo Nacional.  

Para Aava, são pautas que recolocam os tucanos em um lugar pelo qual a sigla sempre transitou, com investimentos na ciência, na tecnologia e nas políticas públicas de cunho social, de desenvolvimento e da ciência, “que são uma assinatura progressista”. Estes temas, segundo a tucana, estão desde o manifesto do partido até a carta de programa e fazem parte das políticas públicas que a sigla investe quando assume o poder. O partido, no entanto, de acordo com a vereadora, encolheu a sua estatura recentemente não por causa das urnas, mas como efeito das defesas no Congresso Nacional, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Esse movimento fez surgir nomes e quadros com o do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) e deu destaque às ações do ex-governador de São Paulo João Dória (PSDB), que se posicionou à frente das discussões sobre a vacinação durante a pandemia. “[A situação, no entanto] se tornou uma oportunidade para o PSDB se reposicionar e reencontrar as características que fizeram de nós um dos maiores partidos do Brasil”, entende.

“Somos um partido que, enquanto governou Goiás, tivemos o Renda Cidadã, que é um programa de distribuição de renda; o programa Bolsa Universitária, que é um programa afirmativo de acesso ao conhecimento; o fortalecimento direto da UEG [Universidade Estadual de Goiás] por meio do Fundo do Estado”, lista Aava. Estas pautas, segundo o jornalista Matheus Ribeiro, mostram que o PSDB está aberto a novas ideias, projetos e discussões, o que favorece “renovação política”. “[A abertura da sigla] foi fundamental para minha escolha, porque o partido não só reconheceu minha independência, como também garantiu liberdade para desenvolver um projeto político que ressalte os valores da democracia, da cidadania e do humanismo”, diz o tucano. 

A tendência destas filiações, de acordo com Aava, é crescer neste espectro. “Sou uma mulher evangélica, assumidamente feminista, assumidamente progressista e tenho lado nas minhas defesas, defendo os direitos humanos, defendo a ciência, a educação pública, a paridade de gênero e criei a frente intermunicipal contra a violência política de gênero com vereadoras, prefeitas e deputadas das mais diversas siglas partidárias do Estado”, exemplifica.  

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Novos nomes 

Segunda a presidente do PSDB metropolitano, a minha candidatura dela, do Matheus Ribeiro e de outros tucanos apontam “para um lugar onde o PSDB sempre transitou com êxito e com resultado, mas que ficou muito acanhado diante de uma onda de extrema-direita que contaminou o ambiente público do Brasil”.

Além dos pré-candidatos, os tucanos citam trabalhos que têm surgido, como o do vice-prefeito de Alexânia, Matheus Ramos e do presidente do PSDB Jovem, Rodrigo Rizzo, que tem despontando como liderança. Citam também a professora Kátia Flávia, PhD em química; da socióloga Milka Rezende; a advogada Gabriela Miranda e outros nomes que se filiaram recentemente após a articulação da tucana, e as vereadoras Kátia e Taís, que são presidentes nas suas respectivas Câmaras Municipais, de Goianira e de Palmeiras. As duas últimas devem ir às urnas.