Povos originários: milhares de pessoas protestam em Brasília

24 abril 2024 às 09h58

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Na manhã desta terça-feira, 23, milhares de indígenas e apoiadores da causa participaram de uma marcha na área central de Brasília. A caminhada é parte da programação do Acampamento Terra Livre (ATL), uma mobilização anual que começou na segunda-feira, 22, e reúne diferentes etnias na capital federal.
Esta é a 20ª edição do ATL. De acordo com a entidade que organiza o acampamento, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o evento de 2024 deve superar resultados de anos anteriores. A expectativa é de que cerca de oito mil representantes e mais de 200 etnias marquem presença. Além disso, o evento conta com integrantes de organizações sul e centro-americanas e também da Indonésia.
O acampamento no Eixo Monumental foi o ponto de partida dos participantes, que marcharam com faixas e cartazes pela Esplanada dos Ministérios. Eles saíram por volta das 9 horas e foram rumo ao Congresso Nacional, percorrendo quatro quilômetros.
No carro de som, vozes se revezaram, pedindo que o Estado brasileiro conclua processos de demarcação dos territórios indígenas e garanta os direitos constitucionais para essa população, como acesso à educação e saúde.
“Esta é uma marcha de luta, de resistência, para reivindicarmos ao governo brasileiro, ao Estado, aos Três Poderes [Executivo, Legislativo e Judiciário], que avance em nossos direitos. Principalmente em relação à demarcação das terras indígenas”, disse Kleber Karipuna, um dos coordenadores-executivos da Apib.
Com trajes típicos e pinturas corporais, os manifestantes se aproximaram do Congresso Nacional e ocuparam o gramado central na Esplanada dos Ministérios. Ali, eles acompanharam a transmissão da cerimônia que a Câmara dos Deputados realiza na manha de terça-feira em homenagem aos 20 anos do Acampamento Terra Livre.
Essa matéria utiliza informações da Agência Brasil
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