Por omissão da prefeitura, entidades lançam campanha contra pirataria de camelôs
17 maio 2017 às 18h33

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Segundo presidente da Sindióptica, ilegalidade é mantida por causa da falta de fiscalização da gestão Iris
Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção
Na última terça-feira (16/5), o Jornal Opção foi ao Centro de Goiânia para apurar uma denúncia a respeito do aumento do comércio irregular de camelôs nas calçadas da cidade. Ao comprovar o fato, deparamos com um outro problema grave: a quantidade de produtos falsificados sendo comercializados.
A reportagem verificou que óculos, roupas e brinquedos não originais são vendidos sem fiscalização e retenção de impostos, o que deveria ser completamente vetado pelo município.
Desta forma, há uma nova reclamação acrescida à concorrência desleal, sujeira das ruas e inércia por parte da prefeitura.
De acordo com Leandro Fleury Rosa, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico de Goiás (Sindióptica-GO), “o município é totalmente omisso nesta situação”.
“Em tempos de crise, isso é muito ruim para o comércio, já que não há regras, cada um faz o que quer. Falta uma sistematização. O que tem no município hoje de Goiânia é um aumento orquestrado dessa ilegalidade cuja logística é complexa para ser mantida, mas é mantida por causa da omissão da fiscalização da Prefeitura”, desabafou.
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Por conta disso, o Sindióptica é integrante de uma Campanha contra Pirataria, que envolve o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL-GO) e o Sindicato do Comércio Varejista do Estado de Goiás (Sindilojas).
Sobre isso, Leandro disse que a solução “é intervir com fiscalização, realizar uma coalizão de combate com repressão e informação”. “O Sebrae, por exemplo, vai possibilitar um canal para que o camelô sem conhecimento possa se formalizar e sair da ilegalidade”, explicou.
Segundo ele, hoje existem em torno de 300 a 350 pontos de ilegalidade no município. “São lojas que estão concorrendo ilegalmente com o comércio. 72% dos óculos de sol em Goiânia são vendidos na ilegalidade e relógios alguns estabelecimentos pararam de trabalhar tamanha a concorrência desleal”, declarou.
Por fim, ele afirmou que “com a redução do comercio ilegal você automaticamente revigora o comércio ali já estabelecido”.