“Política gosta de traição, mas odeia traidores”, diz Maguito sobre Adib não querer deixar MDB
24 fevereiro 2019 às 10h32
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Prefeito de Catalão, em fala ao Jornal Opção, acusou Vilela de ter ajudado na Ditadura Militar, ao que ele respondeu “minha história é limpa e transparente”
O ex-governador de Goiás, Maguito Vilela (MDB), rebateu acusações de Adib Elias (MDB), feitas em entrevista recente ao Jornal Opção. O prefeito de Catalão chegou a dizer que o decano ajudou na Ditadura Militar, por ter sido filiado ao Arena entre 1975 e 1980. Ao que Vilela respondeu: “minha história é limpa e transparente”.
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O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia ainda frisou que “não vale à pena polemizar com Adib”. “Eles [os dissidentes] é que são os traidores, o partido está segregado por causa deles, o MDB tinha candidato para tudo, mas preferiram apoiar o adversário”, disse e completou: “Política até gosta de traição, mas odeia traidores”.
Mais uma vez, Maguito defendeu a saída dos filiados que endossaram a candidatura de Ronaldo Caiado (DEM) para governador, em detrimento da de seu filho e líder estadual da sigla, Daniel Vilela (MDB). “Agora respondem processo de expulsão, mas já deviam ter deixado o MDB, nós não estamos enfraquecidos, temos gente filiando em todo o Estado, estamos a todo vapor, eles é que deveriam ir para o DEM”, sublinhou.
Na eleição de 2018, prefeitos emedebistas decidiram apoiar Caiado para o Governo do Estado, mesmo que seu partido contasse com um candidato adversário. Atualmente, Daniel Vilela se coloca como voz da oposição ao governador, enquanto Adib, Paulo do Vale, de Rio Verde, Ernesto Roller, ex-prefeito de Formosa e agora secretário de Governo, e outros se posicionam como base.
Sobre o momento em que o prefeito de Catalão acusa Maguito de ter apoiado a ditadura, ele responde que sua história é conhecida pela transparência. “Nunca houve traição na minha vida política, ainda no começo da minha carreira eu me mudei para o MDB e estou lá desde então, nunca votei em candidatos de outros partidos”, disse ao mencionar que ficou pouco tempo na Arena (1975-1980).
Sobre o racha e as consequências para a sigla, o decano nega que haja um desgaste. “Eu tenho 49 anos de MDB e vi, com a candidatura do Daniel, que o partido foi engrandecido, por ter feito uma campanha propositiva, então seguimos fortes e a todo vapor”, disse.