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Informações são do filho do cronista. Pelo Facebook, Valério Luiz Filho informou que aguarda resultado para requerer data de juri popular

Valério Luiz | Foto: Reprodução

Depois de ter sido levado à última instância e negado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), ficando sem recursos, o processo de Maurício Borges Sampaio, acusado de ser o mandante do assassinato do radialista e cronista esportivo Valério Luiz de Oliveira, em 2012, pode estar perto do fim. 

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Quem informou foi o advogado e filho da vítima, Valério Luiz Filho, quando publicou, em seu Facebook, que a perícia médica do réu Djalma Gomes da Silva, acusado de cometer o crime e que havia feito o pedido de incidente de insanidade mental, aconteceu na manhã desta segunda-feira (1º/10).

Esta perícia era única coisa que estava impedindo a ida do processo de Valério a júri popular. Então, segundo Valério Luiz Filho, agora é preciso aguardar o resultado da perícia para marcar uma data do julgamento.

Histórico

Em laudo médico apresentado que serviu de base para o pedido junto à 2° Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida para o “incidente de insanidade mental”, o neurologista e psiquiatra Leonardo da Silva Prestes já havia afirmado que o policial apresentava “transtorno delirante persistente, com alucinações visuais e auditivas, associado a irritabilidade, crises de disforia intensa, delírios”.

Djalma Gomes da Silva já havia revelado, também, que desde 1999, dois anos depois de iniciar carreira na PM, teve episódios de alucinações visuais e auditivas. Em 2004, o policial “chegou a atirar na alucinação”, diz o histórico. No dia 4 de março de 2016, a acusado passou por sessões de eletroconvulsoterapia (ECT) – método de choques de pequena voltagem nas têmporas.

Em reportagem divulgada em março, o advogado de defesa do acusado, José Coelho de Oliveira, afirmou que os laudos deixaram claro que o réu tem problemas psicológicos. “Agora, aguardamos que a Junta Médica do Tribunal de Justiça marque o exame e, no Júri, apresentemos aos jurados se da Silva é parcial ou absolutamente inimputável”, disse ele na época.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com o advogado de defesa de Djalma para falar sobre este novo episódio.

Crime

O radialista e cronista esportivo Valério Luiz foi assassinado com seis tiros à queima-roupa por um motociclista enquanto saía da Rádio Jornal 802 AM, onde trabalhava.

O então vice-presidente do Atlético Clube Goianiense à época do crime, Maurício Borges teria agido para retaliar as duras críticas feitas pelo comunicador. O inquérito policial aponta que mais quatro pessoas participaram diretamente no assassinato do jornalista.