Crime ocorreu em fevereiro deste ano e foi motivado pelo recrudescimento das regras impostas aos detentos da POG; dois homens ainda se encontram foragidos

Da esquerda para a direita, Alex de Souza Rodrigues e Ronan Lima Martins, também conhecido como “Bigode” | Foto: Polícia Civil

Agentes do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia e da Gerência de Planejamento Operacional (GPO) da Polícia Civil prenderam, na última quinta-feira, 8, Ronan Lima Martins, também conhecido como “Bigode”, e Alex de Souza Rodrigues pelo homicídio do policial penal Elias de Souza Silva e sua esposa Ana Paula Silva Dutra, em fevereiro deste ano. Ambos foram interrogados e confessaram a prática do crime, fornecendo detalhes do planejamento da ação e da execução das vítimas.

Apesar da prisão de Ronan e Alex, as investigações ainda não cessaram, uma vez que dois dos executores do crime ainda se encontram foragidos. As informações divulgadas pela Polícia Civil são de que ambos estão escondidos no Rio de Janeiro. Apesar de já terem sido identificados pelo GIH, os nomes não serão divulgados para não prejudicar as prisões.

O motorista de aplicativo contratado para levar parte dos criminosos ao Rio de Janeiro, em duas viagens, também foi identificado. O homem recebeu um total de R$ 2 mil em cada uma delas.

Relembre o caso

O policial Elias de Sousa e sua esposa, Ana Paula, foram assassinados em 18 de fevereiro deste ano, nas imediações do complexo prisional, em Aparecida de Goiânia. Na ocasião, iniciadas as investigações, o GIH de Aparecida de Goiânia prendeu em flagrante Welton dos Santos Gomes. Outros dois participantes, Kleber Wilker da Costa Simões e Jean Araújo Godinho, acabaram mortos após confrontarem equipes da PCGO e da PMGO, em Goiânia.

Com o andamento da apuração, os executores do crime e o mandante foram identificados.  Quem confessou ser o organizador do atentado foi o detento da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), Bruno da Conceição Pinheiro, também chamado de “Urso”. O homem disse que a motivação do crime foi recrudescimento das regras impostas aos detentos da POG.

A orientação passada aos executores do crime foi que eles tivessem como alvo qualquer policial penal que saísse do complexo prisional, de acordo com a conveniência dos criminosos. Como Elias foi o primeiro a sair do Complexo após o término de seu plantão, acabou como a vítima escolhida pelos criminosos. Após o caso, cinco executores fugiram para o Rio de janeiro, onde ficaram abrigados em uma favela da cidade, sob a proteção de membros de uma facção criminosa.