Polícia prende motorista da Uber por estupro de passageira que estava embriagada

15 janeiro 2019 às 09h57

COMPARTILHAR
O homem de 41 anos também trabalha como coordenador de um órgão de assistência social na Região Metropolitana de Goiânia

A 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia prendeu, na manhã do último sábado, 12, um motorista da Uber pela prática de crime de estupro de vulnerável. De acordo com o apurado pela Polícia Civil, na madrugada do dia 11, o motorista foi acionado pelo aplicativo para levar a vítima em casa.
A jovem, de 22 anos, estava muito embriagada e teria sido abusada sexualmente pelo suspeito, sem condições de oferecer resistência. O motorista tem 41 anos de idade e foi identificado apenas como R.V.S.
A delegada responsável pelo caso, Ana Elisa Gomes, conta que o agressor praticou a violência e deixou a garota na rua, nas proximidades de sua residência, por voltas das 4h30. A jovem, então, procurou a delegacia na tarde do dia 11, visivelmente transtornada, e foi encaminhada para exames periciais. A especializada obteve a qualificação do agressor e durante a noite representou pela prisão preventiva.
Ana Elisa afirma que o investigado, além de trabalhar como motorista de aplicativo, é coordenador de um órgão de assistência social na Região Metropolitana de Goiânia, uma unidade que trabalha com assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Ele já foi encaminhado para a CPP.
Em nota a Uber se manifestou afirmando que “nenhum comportamento criminoso é tolerado e o motorista foi banido do aplicativo assim que a denúncia foi feita”. Confira na íntegra:
“A Uber lamenta o crime terrível que foi cometido. Nenhum comportamento criminoso é tolerado e o motorista foi banido do aplicativo assim que a denúncia foi feita.
A empresa repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência. Nenhuma viagem com a plataforma é anônima e todas são registradas por GPS. Isso permite que, em caso de necessidade, nossa equipe especializada possa dar suporte às autoridades, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado, além de acionar seguro que cobre despesas médicas em caso de incidentes.
A Uber está à disposição para colaborar com as autoridades no curso da investigação ou de processos judiciais, nos termos da lei.
A empresa defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Como parte desses esforços, em novembro a Uber anunciou um compromisso público para enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil, materializado no investimento de R$ 1,55 milhões até 2020 em projetos elaborados ao longo dos últimos 18 meses em parceria com nove entidades que são referência no assunto: Associação Mulheres pela Paz, AzMina, Rede Feminista de Juristas (deFEMde), Força Meninas, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Instituto Igarapé, Instituto Patrícia Galvão, Instituto Promundo e Plan International Brasil.”
Atualizada às 15h45