No estados de Goiás e Paraná, polícia cumpriu, nesta quarta-feira, 20 mandados judiciais em endereços relacionados a médicos urologistas acusados de reutilizar cateteres e outros equipamentos

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpriu, na manhã desta quarta-feira, 11, vinte mandados judiciais em endereços relacionados a médicos urologistas suspeitos de reaproveitar materiais cirúrgicos de uso descartável, no Paraná e em Goiás. Cateteres e outros equipamentos, que deveriam ser descartados após uso único, eram utilizados em até 15 cirurgias. Em Goiás, foram 3 prisões e 3 mandados de busca de apreensão, com o apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon) e da 8ª DRP.

A ação é um desdobramento da Operação “Autoclave”, que foi deflagrada no mês de setembro e desorganizou um grupo criminoso envolvido com a adulteração, através de esterilização ilícita de materiais descartáveis já utilizados por médicos em cirurgias urológicas.

Dentre as ordens judiciais, oito referem-se a prisões temporárias e 12 são mandados de busca e apreensão. No município de Rio Verde, os urologistas Camilo Idalino e Ronaldo Sesconeto foram presos. Também são alvos da operação, uma instrumentadora cirúrgica e a secretária de um dos profissionais, acusadas por terem conhecimento do crime.

Os alvos da investigação devem ser indiciados por associação criminosa, falsidade ideológica de documento particular e adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.

A PCPR concluiu que os equipamentos irregulares eram vendidos, por valores entre R$ 250 a R$ 300, para urologistas do Paraná e Goiás, que tinham ciência da procedência. Depois os médicos revendiam por cerca de R$ 1,2 mil, como se fossem novos, para pacientes que iriam submeter-se ao procedimento cirúrgico.