Mauriceia Estraich era filha de um bispo da Igreja Católica e foi encontrada carbonizada em sua residência no último domingo. Perícia constatou que jovem tinha lesões por agressões físicas pelo corpo, o que levou a polícia a entender que o incêndio em sua residência teria sido provocado propositalmente

Mauriceia Estraich, de 21 anos, foi encontrada carbonizada dentro de sua própria casa

O corpo da jovem Mauriceia Estraich, de 21 anos, foi encontrado carbonizado dentro de sua própria casa no interior de Santa Catarina. Ela, que é filha de um bispo da Igreja Católica, tinha lesões por agressões físicas pelo corpo, o que levou a polícia a entender que o incêndio em sua residência teria sido provocado propositalmente.

O principal suspeito é o cunhado de Mauriceia, que terminou preso pela polícia após não comparecer à delegacia para ser ouvido. O homem tentou fugir para o interior do Estado, mas terminou preso em Descanso, a 664 quilômetros de Florianópolis.

“Chamou atenção o fato de a vítima ser alguém jovem, sem limitação física ou mental que a impedisse de sair da residência, que era de madeira. Ela teria condições de deixar o imóvel”, argumenta o delegado Cléverson Muller, responsável pelo caso.

Segundo ele, foi observado pela perícia que a jovem teria inalado fumaça antes de morrer, o que indica que estava viva quando as chamas começaram. A investigação trata a morte como feminicídio com uso de fogo.

O delegado afirma que o cunhado da vítima esteve na residência antes do horário de início do incêndio e que, além disso, dois cachorros que estavam na casa se salvaram ao correrem para fora do imóvel. “Isso reforça a tese de que em algum momento aquela porta foi aberta”, argumenta.

Em entrevista, o bispo Dom Ermindo Estraich, pai da vítima, relatou ter visto o cunhado da filha com a mão machucada logo após o incêndio. O suspeito teria contado, segundo ele, que se machucou ao quebrar o vidro do carro que estava na casa.

“Não vi nada com meus próprios olhos, mas o namorado nunca faltou com respeito e ela não relatou nada sobre ele. Agora, com o cunhado, a Mauriceia já havia me falado que teve problemas. Eu pedia para se cuidar. O relacionamento não estava muito bem”, contou o pai ao lamentar a morte da filha que era administradora e tinha o sonho de empreender.