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Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro, também foi preso. Dirceu também foi réu no processo do Mensalão

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que foi condenado no processo do Mensalão, foi preso nesta segunda-feira (3/8), em Brasília, pela Polícia Federal (PF) na 17ª fase da Operação Lava Jato. O irmão do petista, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, também foi preso em Ribeirão Preto.

Como Dirceu cumpria prisão domiciliar em Brasília, sua ida para a Superintendência da PF, em Curitiba, para cumprimento da prisão preventiva, deve ser autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). JD Consultoria, empresa do ex-ministro, já vinha sendo investigada na Lava Jato.

Ao todo, cerca de 200 policiais cumprem 40 mandados judiciais em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, sendo três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 26 de busca e apreensão e seis de condução coercitiva.

Essa nova fase foi nomeada de “Pixuleco”, fazendo alusão ao termo que alguns indiciados na Lava Jato usavam para se referir à propina recebida de contratos. Entre os crimes investigados estão corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Habeas corpus preventivo

Entre junho e julho deste ano, José Dirceu entrou três vezes com pedido de habeas corpus preventivo e todos foram recusados. Os magistrados do Tribunal Regional Federal de 4ª Região, em Porto Alegre, justificaram as negativas dizendo que não havia indícios de que a prisão poderia acontecer.