Empresário teria recebido propina do dono do Grupo J&F para que não contasse o que sabe sobre esquema de fraudes em fundos de pensão

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (8/3), a 2ª fase da Operação Greenfield, que investigou fraudes em quatro fundos de pensão no país. Nesta nova etapa, os policiais investigam um suposto esquema de cooptação de testemunhas para atrapalhar o esclarecimento dos crimes.

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No total, foram cumpridos sete mandados judiciais, sendo seis de busca e apreensão e um de prisão. O único detido na operação é Mario Celso Lopes, ex-sócio de um dos donos do grupo J&F Joesley Batista, na empresa Eldorado Celulose. Joesley e Wesley Batista são suspeitos de pagarem propina ao empresário para que ele não revelasse o que sabia sobre o esquema.

De acordo com a polícia, os “dois principais sócios” de um dos grupos empresariais investigados pela Greenfield firmaram um contrato de R$ 190 milhões para fornecimento de massa florestal de eucalipto, usado para a produção de celulose, apenas para mascarar suborno. O dinheiro teria sido pago ao empresário para comprar o silêncio dele.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara da Justiça Federal no DF. Ele também ordenou o bloqueio de bens, ativos, contas bancárias e investimentos das empresas de Mario Celso.