A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta terça-feira, 3, dois mandados de busca e apreensão em Pontalina, na região sul de Goiás, a cerca de 120 km de Goiânia. As ações fazem parte da deflagração da Operação Falso Positivo, que investiga fraudes no salário-maternidade.

Um mandado foi cumprido na sede da empresa responsável pelas fraudes e outro na residência de um servidor do INSS, que estaria envolvido no cadastramento de dados para a concessão dos benefícios irregulares.

A empresa suspeita das práticas fraudulentas, sediada em Pontalina/GO, coordenava as operações criminosas em todo o território nacional. Segundo a PF, utilizando redes sociais na internet, a organização recrutava mulheres grávidas, as induzia a solicitar o benefício de maneira fraudulenta, estabelecendo vínculos de emprego doméstico por meio do E-Social.

Conforme as apurações, as fraudes totalizariam pelo menos 56 benefícios considerados irregulares, resultando em um prejuízo estimado de mais de R$ 260 mil aos cofres públicos.

Início da investigação

O início da investigação ocorreu com a análise dos dados obtidos durante a prisão em flagrante de duas beneficiárias em João Pessoa, ambas nos dias 5 e 6 de dezembro de 2022. Uma das mulheres estava ainda grávida, enquanto a outra estava lactante. A PF disse que elas realizavam saques de valores do salário maternidade adquiridos de maneira ilícita.

Três mandados de busca e apreensão foram executados, por determinação da 16ª Vara da Justiça Federal em João Pessoa. Além dos dois cumpridos em Pontalina, o outro foi na capital da Paraíba, na residência de uma suspeita que não apenas recebia o benefício fraudulentamente, mas também recrutava outras mulheres para participarem do esquema.

A deflagração da operação teve apoio do Núcleo de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério da Previdência e Trabalho.

Leia também: