Polícia Federal abre inquérito para apurar suposto crime eleitoral de assessores de Professor Alcides
25 setembro 2024 às 22h07
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A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito policial para investigar a suposta prática de corrupção eleitoral cometida por dois assessores de Professor Alcides, candidato à Prefeitura de Aparecida de Goiânia pelo PL. Os assessores foram detidos no município aparecidense na última terça-feira, 24. Conforme apurado pelo Jornal Opção, eles estavam em posse de milhares de requisições de combustíveis, com um dos homens portando uma mochila com cerca de R$ 4 mil em dinheiro.
Conforme o despacho da PF para a abertura do inquérito, “trata-se de apreensão de material, dinheiro e documentos indicando a possível prática de crime eleitoral (corrupção eleitoral)”, em Aparecida, com elementos “indiciários e de justa causa para a instauração” do inquérito.
Em depoimento à PF, um dos PMs que atuaram na ocorrência relatou que a equipe policial havia recebido uma denúncia de compra de votos que estaria ocorrendo no dia em questão, na Vila Brasília, em Anápolis.
Segundo o PM, a equipe avistou os dois assessores junto a um carro branco com adesivos e bandeiras do candidato Professor Alcides. Quando os policiais se aproximaram, relata o PM, os homens teriam gesticulado para que pessoas que iam em direção a eles se afastassem. O policial militar informou ter encontrado, com eles, cupons fiscais, 200 vales de abastecimento de R$ 50, recibos preenchidos de combustíveis e anotações com valores que teriam sido pagos.
Já outro policial que também atuou na ocorrência disse à PF também ter notado uma “movimentação atípica” próximo ao carro dos assessores, com “diversas pessoas chegando, pegando algo e indo embora”. Os dois homens foram abordados e levados para a sede da Polícia Federal, em Goiânia.
Na ocasião da condução dos assessores para a sede da PF, em Goiânia, o advogado da campanha do Professor Alcides, Vitor Hugo Santos, disse que o que se presenciava era “uma abordagem ilícita, completamente ilegal”.
O Jornal Opção entrou em contato com o advogado na noite desta quarta-feira, 25, sobre a abertura do inquérito, e aguarda retorno. O espaço permanece aberto.
Leia também: Um dos coordenadores da campanha de Professor Alcides é detido pela PM e levado para sede da Polícia Federal