A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) resgatou na última quinta-feira, 9, oito cachorros, um coelho, uma ovelha e dois gatos em situação degradante. No local, uma médica veterinária mantinha os 12 animais em ambiente fétido, sem alimento ou água.

A investigada, que publicava vídeos dizendo amar os bichinhos para seus mais de seis mil seguidores, é suspeita de maus-tratos aos animais. Agora, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga Samara Rodrigues, de 30 anos, moradora de Vicente Pires.

Segundo a PCDF, havia a carcaça de um coelho em decomposição e com larvas em volta em uma lata de lixo da varanda. Encontraram também um gato sem cabeça na casa e um cachorro morto, que estava enrolado em um pano no carro da mulher. As informações são do portal Metropoles.

PCDF coelho morto em putrefação encontrado na lixeira | Foto: Divulgação PCDF

Desenrolar e Caso anterior

Os policiais não encontraram a suspeita no local aonde resgataram os animais, mas descobriram que ela estaria em Samambaia, cidade administrativa do DF, num local conhecido como Monte de Oração.

Ali, encontraram o veículo da veterinária, e dentro dele, diversas roupas, seringas e ampolas de medicação. Também havia um cachorro, já morto, enrolado em um pano.

Apesar de ter sido intimada à prestar depoimento na delegacia, a veterinária não apareceu. Os animais resgatados foram para um lar temporário onde receberam os cuidados necessários.

A mesma veterinária foi autuada um ano atrás por maus-tratos contra os animais. Os investigadores da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) atuaram em uma clínica veterinária no Assentamento 26 de Setembro. Lá, encontraram uma égua, um potro, um filhote de ovelha, cinco coelhos, três cães e três gatos.

A veterinária manteve ao menos 14 bichos dentro da loja até que a polícia chegou ao endereço após receber informações de anônimos. Na época, ela contestou o crime. Mesmo assim, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) aplicou uma multa de R$ 3.960 à Samara Rodrigues.

Declarações da investigada

Em resposta ao Metrópoles, ela afirmou que não abandonou os animais e sente perseguida por moradores do condomínio onde mora. Sobre o coelho, a veterinária disse que o encontrou já morto fora da gaiola. “Eu saí de casa aos prantos, porque era uma coelha afetiva minha. E aí, depois que eu limpei tudo, eu coloquei ela no balde porque era o lixo que estava dentro de casa, e saí de casa para rezar. Porque eu estava em luto.”

Na versão da investigada, ela teria limpado a casa e alimentado os animais no dia anterior ao arrombamento da polícia. Além disso, ela afirma que tinha uma pessoa responsável por estar todos os dias na casa com os animais e que essa pessoa teria passado por lá na manhã do mesmo dia.

Quanto a suposta perseguição sofrida por parte dos vizinhos, ela afirma que já acontece há cinco anos. E credita o ocorrido aos moradores do prédio que fica atrás de sua casa. “Me perseguem, hackeiam, me filmam. Então, eu tenho muitas provas de que essa parte da Polícia Civil ter arrombado a minha casa é perseguição sem provas.”

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