Polícia confirma nomes de seis vítimas de serial killer; arma usada foi a mesma

16 outubro 2014 às 12h45

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Em entrevista a jornalistas, ainda foram apresentados objetos usados por Tiago Gomes da Rocha, como roupas, bolsas, tênis e placas de motos
Com informações de Thiago Araújo
A polícia confirmou em confronto balístico que seis das 15 mulheres mortas por um suposto assassino em série levaram disparos da mesma arma, que teria sido disparada pelo vigilante Tiago Henrique Gomes das Rocha. Peritos da Polícia Técnico-Científica passaram as últimas 24 horas fazendo o confronto balístico dos projéteis encontrados nas cenas dos crimes.
Em coletiva a jornalistas na sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-GO) na manhã desta quinta-feira (16/10), foram divulgados os nomes das vítimas. Ana Lídia Gomes, 14 anos; Isadora Cândido, 15; Juliana Dias, 22; Rosirene Alberto, 29; Thaynara da Cruz, 13; Thamara Conceição, de 17. Tiago Gomes da Rocha ainda vitimou oito moradores de rua.
“As provas iam chegando e sendo analisadas por meio de microscópio para que pudessem ser confrontadas conforme fossem surgindo um padrão [entre elas]”, disse Itatiana Pires, superintendente da Polícia Técnico-Científica de Goiás. Ela lembrou que desde janeiro os peritos estão fazendo esse trabalho.
Objetos
A motocicleta e os objetos que teriam sido usados pelo vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, suspeito de ter cometido pelo menos 39 assassinatos em Goiânia, foram divulgados pela Polícia Civil. Itens como roupas, bolsas, tênis, capas para de tanque de combustível do veículo e as placas furtadas de outras motos foram apresentados no auditório da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), no Setor Aeroviário.
O suspeito também foi apresentado à imprensa, por cerca de dois minutos. A assessoria da Polícia Civil orientou que as jornalistas mulheres não se aproximassem do vigilante ao fazerem perguntas, especialmente por ele ser “arredio a mulheres”.
Respeito
Superintendente de Polícia Judiciária da SSP-GO, Deusny Aparecido Silva demonstrou-se insatisfeito com o tratamento dado pela mídia em relação à prisão de Tiago Gomes da Rocha. “Estamos aqui para trabalhar para a sociedade. E se conseguimos desenvolver essa atividade hoje, durante esta semana, é porque Deus assim o quis. Então, mais uma vez, nos respeitem”, afirmou.
O investigador disse ainda que a prisão não tem relação com o período eleitoral. Conforme relatou, as apurações estavam distantes de “politicagem” e “partidarismo”. Nesta quinta-feira, completaram 70 dias de investigações.