Polícia Civil prende funcionários de clínica de reabilitação por suspeita de tortura e estupro

17 julho 2024 às 19h20

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A Polícia Civil de Goiás prendeu funcionários de uma clínica de reabilitação clandestina em Pontalina, a cerca de 116 quilômetros de Goiânia. De acordo com a polícia, os funcionários são suspeitos de torturar e estuprar internos da clínica.
Ao todo foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão preventiva, com possibilidade de cumprimento de mais 2 mandados de prisão preventiva de outros investigados que estão foragidos.
As investigações começaram após a prisão do proprietário de uma clínica clandestina. De acordo com a polícia, após a prisão do homem, vítimas relataram que sofriam abusos no local. Uma dessas vítimas, menor de idade, relatou ter sido torturada na clínica.
A apuração aponta que outros crimes foram cometidos no local como a negligência na alimentação, na saúde e cárcere privado.
“Existia uma ‘cela de castigo’, uma sala com grades e cadeados onde eles colocavam os internos por vários dias consecutivos como forma de punição. Eles viviam sendo ameaçados, torturados e humilhados”, disse a delegada Tereza Nabarro.
Nabarro informou, também, que a maioria dos investigados pussuía uma vasta ficha criminal. Alguns deles tinham antecedentes por homicídio, associação ao tráfico e roubo. A delegada classificou os indivíduos como pessoas com “personalidade voltada para a habitualidade criminosa”.
Segundo a delegada, há vítimas e testemunhas que não foram localizadas. Por conta disso foi permitida a divulgação da identidade dos presos.
- Lucas responde por dois crimes de tortura e um de cárcere privado qualificado.
- Rafael responde por dois crimes de tortura, um de cárcere privado qualificado e também um furto qualificado.
- Mateus responde por um crime de tortura e um de furto qualificado.
- André responde por um crime de tortura majorada.
- Gustavo responde por um crime de tortura por omissão e também por um crime de sequestro e cárcere privado.
Dois outros investigados, Joaquim Camargo de Araújo e Thiago Altino Barbosa, seguem foragidos. A reportagem não conseguiu contato com as defesas dos citados.
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