Polícia Civil fecha fábrica clandestina de material hospitalar em Goiânia
04 novembro 2025 às 15h58

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A Polícia Civil de Goiás (PCGO) interditou uma fábrica clandestina de material hospitalar que funcionava de forma irregular na Vila Mutirão, em Goiânia. O local produzia gazes cirúrgicas falsificadas em condições consideradas insalubres e sem qualquer tipo de licença sanitária.
A operação foi conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), com apoio da Vigilância Sanitária Municipal, que já determinou a interdição imediata do estabelecimento.
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, responsável pela ação, o espaço funcionava dentro de uma torneadora, na Avenida do Povo, e apresentava condições totalmente inadequadas para a produção de insumos hospitalares.
“O local é sujo, sem alvará, sem licença da vigilância sanitária e totalmente impróprio para fabricação de um material que é usado em hospitais. Muitos estabelecimentos estavam comprando esses produtos, que já identificamos”, afirmou.
Durante a vistoria, a polícia apreendeu embalagens falsificadas com o nome de uma empresa de São José do Rio Pardo (SP), além de insumos, maquinário e centenas de pacotes de gazes prontos para comercialização. Cada unidade era vendida por cerca de R$ 6, e os produtos eram distribuídos em Goiás, São Paulo e Paraná.
O dono do estabelecimento não estava no local e, segundo a investigação, se encontra no Paraná. O responsável será indiciado pelos crimes previstos no artigo 273 do Código Penal (falsificação de produtos medicinais) e no artigo 7º, inciso IX, da Lei de Crimes contra as Relações de Consumo (Lei nº 8.137/1990).
“É uma covardia com o consumidor, principalmente com o paciente. O produto era fabricado em condições precárias, sem qualquer controle de qualidade. A Polícia Civil vai responsabilizar todos os envolvidos. Aqui tem tinta na caneta, e essa caneta ninguém para”, completou o delegado.
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