Apreensões do produto falsificado ou sem registro aumentou no período do coronavírus em Goiânia e Aparecida

Álcool gel falsificado apreendido pela Polícia Civil | Foto: PC / Divulgação

Quarenta e três toneladas de álcool em gel clandestino apreendidos foi o saldo de operações realizadas por ação conjunta da Polícia Civil, Vigilância Sanitária e do Procon em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Dois foram presos e 12 devem ser indiciados.

O produto clandestino foi apreendido entre os dias 17 de março e 8 de maio após denúncias e ação de fiscalização dos órgãos. A substância foi encontrada em processo de fabricação, estocados e mesmo expostos para a venda.

Em uma das apreensões, uma farmácia do Setor Bueno, bairro nobre de Goiânia, oferecia o produto sem especificação e em desacordo com a legislação. Na ocasião, foram apreendidos 500 quilos de álcool em gel.

Outra apreensão foi feita em uma residência no Park Solar. A Polícia Civil encontrou 8 mil litros. O produto era fabricado de forma clandestina. Os policiais acreditam que etanol era adicionado para dar volume ao produto.

Em outro caso, a apreensão foi de álcool armazenado de forma irregular no estacionamento do subsolo de um prédio residencial. O produto é inflamável e poderia ocasionar incêndio ou explosão.  O responsável foi indiciado por expor a vida e saúde de outrem a perigo.

Investigação

De acordo com o delegado Gylson Mariano, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon), esse tipo de contravenção aumentou muito nos últimos meses. Sobretudo devido à pandemia de Covid-19, doença causada pelo coronavírus.

Gylson Mariano afirma que no início da pandemia muitos viram possibilidade de ganhos fáceis e passaram a fabricar em casa o produto. Muito deles de forma grosseira. Com rótulos toscos, com falta de informação e diferença na consistência em relação ao álcool regular.

“Nossas ações, aliadas com as publicações na mídia, fizeram com que nos últimos dias diminuísse esse tipo de adulteração. O mercado também foi novamente suprido pelas fábricas regulares, o que ajudou na oferta ao consumidor. Mas continuamos com as ações para coibir este tipo de crime”, aponta.