Caso do vereador Vinícius Cirqueira (Pros), que foi detido por desobediência após apenas questionar o motivo da ofensa, foi arquivado

O delegado Izaías de Araújo Pinheiro determinou abertura de inquérito para apurar a denúncia contra o sargento PM Dorivan Jesus da Mata, acusado de racismo contra o vereador GCM Romário Policarpo (PTC), além de abuso de autoridade contra o vereador Vinícius Cirqueira (Pros).

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Foi decidido também arquivamento de denúncia contra Vinícius sobre resistência e desobediência a autoridade. “Sempre acreditei na justiça. Está aí a primeira resposta, a justiça foi feita. Espero que esse caso sirva de exemplo para que não aconteça de novo na cidade de Goiânia”, declarou o vereador em entrevista ao Jornal Opção.

Segundo o parlamentar, apesar do caso, ele acredita na Polícia Militar. “Não é a atitude de um membro que vai sujar a corporação”.

No conclusão do inquérito, há ressalva sobre a conduta excessiva o policial Dorival Jesus da Mata, que criou “uma situação de conflito desnecessária”. “Como se vê na filmagem, em nenhum momento o vereador conduzido ou seus amigos agiram com violência que pudesse lesionar o condutor ou ameaça ao mesmo que efetuou a prisão.

Relembre

No dia 10 de novembro, o vereador GCM Romário Policarpo afirmou que foi vítima de racismo durante uma abordagem policial. “Para [o carro] que tem dois negrinhos do olho vermelho. Pode revistar o carro inteiro”, teria dito o agente.

De acordo com ele, o vereador Vinícius Cirqueira (Pros) foi detido por desobediência após apenas questionar o motivo da ofensa. “Talvez tenha sido um dos momentos mais humilhantes da minha vida. Sou negro e sempre tive orgulho disso”, declarou.

A abordagem foi feita durante uma blitz próxima ao Cepal do Setor Sul por agentes que retiraram a identificação das fardas quando começaram a ser filmados.