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Para esse mesmo período, a projeção para o Brasil é de -0,3%

Foto: Jonas Oliveira/ ANPr

O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás apresentou estimativa de crescimento de 3,4% para o primeiro trimestre de 2020. Para esse mesmo período, a projeção para o Brasil é de -0,3%. Os dados fazem parte de Informe Técnico do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) divulgado na última sexta-feira, 19.

Na análise do comportamento dos grandes setores do PIB de Goiás, destaque para o da agropecuária, que apresentou estimativa de crescimento de 18% no primeiro trimestre de 2020. Em 2019 esse mesmo setor registrou crescimento de apenas 2,4%.

O setor da indústria sofreu recuo e marcou -0,2% no primeiro trimestre de 2020. No Brasil também houve recuo de -0,1%. Em 2019 teve crescimento de 1,5% em Goiás nesse período, enquanto o Brasil registrou naquele ano -1%.

Já o setor de serviços também apresentou recuo no primeiro trimestre de 2020 com registro de 0,2% e o Brasil com -0,5%. No primeiro trimestre de 2019 esse setor teve crescimento de 2,1%, enquanto no Brasil foi de 1,2%.

Destaque da agropecuária

Com 27,1 milhões de toneladas de grãos, área cultivada superior a seis milhões de hectares e produtividade de 4.511 quilos por hectare na safra 2019/2020, Goiás passou a ser o terceiro maior produtor de grãos do Brasil. O oitavo levantamento da Safra 2019/2020, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi divulgado no dia 12 de maio, e foi uma mostra dos resultados da política adotada pelo Governo do Estado para esse setor.

Os setores de indústria e serviços só não apresentaram crescimento consistente, quando comparados com os números de 2019, em razão dos efeitos da pandemia do novo coronavírus, que determinou o fechamento da maioria dos estabelecimentos comerciais e industriais a partir de meados de março.

Percentuais acumulados de 2019

Quando avaliados os percentuais acumulados dos grandes setores nos doze meses de 2019 o setor de agropecuária de Goiás teve saldo positivo de 4,1% e, no Brasil, registrou 1,3%. No setor de indústria, o acumulado no Estado foi de 2,8% naquele ano, e no Brasil de 0,5%, enquanto no setor serviços foi 2,2% em Goiás, e 1,3% no País.

Em relação à indústria, que apresentou número negativo quando comparado os resultados do primeiro semestre de 2020 com os de 2019, o Instituto Mauro Borges indica queda na indústria de transformação ancorada na fabricação de produtos alimentícios e na fabricação de coque, produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis, que são atividades com grande participação no total da indústria de transformação. Ainda houve retração na construção civil, com recuo de 1,55% no trimestre analisado, o que impactou na indústria goiana.

Finalmente, em relação ao setor de serviços, que abarca 67% do valor agregado do PIB goiano, segundo o Instituto Mauro Borges, o resultado do primeiro trimestre de 2020 foi 0,2%, enquanto que em 2019, no mesmo período, foi 2,1%. Segmentos do comércio local apresentaram quedas importantes, cabendo destacar o segmento de combustíveis e lubrificantes (-8,8%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%) e material de construção (0,4%). Parte dessa queda é atribuída à Covid-19.