PGR requer abertura de inquérito para investigar suposta prevaricação de Bolsonaro em contrato da Covaxin
02 julho 2021 às 11h50
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PGR, inicialmente, havia se manifestado no sentido de aguardar a conclusão dos trabalhos da CPI para, a partir do relatório final, tomar as iniciativas cabíveis. Porém, a ministra Rosa Weber, do STF, cobrou uma posição da Procuradoria ao entender que a apuração da comissão não impede a atuação do MPF
A Procuradoria-Geral da República pediu, na manhã desta sexta-feira, 2, a abertura de um inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação no processo de compra da vacina Covaxin.
A ideia é entender se o presidente não tomou as medidas necessárias assim que soube, através do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, de que haviam irregularidades no processo de compra do imunizante. As informações foram reveladas durante depoimento na CPI da Covid, realizada pelo Senado.
A PGR, inicialmente, havia se manifestado no sentido de aguardar a conclusão dos trabalhos da CPI para, a partir do relatório final, tomar as iniciativas cabíveis. Porém, a ministra Rosa Weber, do STF, cobrou uma posição da Procuradoria ao entender que a apuração da comissão não impede a atuação do Ministério Público Federal (MPF).
Após a denúncia feita pelos irmãos Miranda, o governo chegou a notificar o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em 22 de março. O ministro foi exonerado um dia depois, em 23 de março, mesma semana em que o contrato foi suspenso. Tudo, mais de 3 meses após a denúncia.