Manifestação foi motivada pelo pedido do ministro Celso de Mello para que partes do inquérito se manifestem sobre retirada do sigilo da gravação audiovisual da conversa citada por Sérgio Moro em depoimento

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Nesta quinta-feira, 15, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu no Supremo Tribunal Federal (STF) que apenas as falas do presidente Jair Bolsonaro em reunião ministerial sejam divulgadas.O encontro citado pelo ex-ministro Sérgio Moro foi realizado no Palácio do Planalto, dia 22 de abril.

Aras afirmou que a divulgação na íntegra da reunião contraria as regras e princípios constitucionais de investigação e a medida se faz necessária para cumprir a legislação criminal e para evitar a polarização do inquérito. 

“O procurador-geral da República não compactua com a utilização de investigações para servir, de forma oportunista, como palanque eleitoral precoce das eleições de 2022”, defendeu.

O relator do caso, ministro Celso de Mello, deu prazo de 48 horas para que as partes do inquérito se manifestem sobre a retirada do sigilo da gravação audiovisual da reunião, que foi citada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova da tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal.