O dono de uma boate foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 6, suspeito de integrar um grupo responsável por traficar e explorar sexualmente mulheres, em Mineiros, no sudoeste do estado. Durante a ação, a corporação identificou e retirou do estabelecimento cinco vítimas, entre 25 e 30 anos, que eram obrigadas a realizar programas no município.  

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O grupo também é investigado por submeter as mulheres à condições análogas à de escravo, rufianismo (se aproveitar de prostituição alheia) e associação criminosa. Além de prender o empresário, a PF suspendeu o funcionamento do estabelecimento e cumpriu dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado. 

A PF apurou que um grupo aliciava mulheres sob promessas de trabalho e, após chegarem à boate, as vítimas descobriram que estavam endividadas e que não poderiam deixar o estabelecimento até que quitassem os valores – prática característica do tráfico de pessoas.

A operação tem como objetivo aprofundar as investigações e identificar outros envolvidos na rede criminosa, visando o desmonte do esquema de exploração sexual, assim como identificar novas vítimas. O nome da operação se deu em referência ao modo de agir do grupo criminoso, que atraía as vítimas com promessas de oportunidades, mas as submetia a condições abusivas de exploração sexual.