Investigações apontam que milhares de pessoas foram vítimas de quadrilha. Mandados são cumpridos em Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal

PF cumprem mandados em Goiânia e outras três cidades | Foto: Larissa Quixabeira / Jornal Opção

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta terça-feira (21/11) a Operação Ouro de Ofir, com o objetivo de desarticular organização criminosa que agia como instituição financeira, aplicando golpes em clientes ao oferecer lucros exorbitantes por investimentos.

Segundo investigações, o esquema era baseado na existência de uma suposta mina de ouro que teria sido explorada há muito tempo e agora, os valores oriundos das comissões para a revenda estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamento.

Policiais federais, agentes da Receita Federal e policiais militares cumprem 11 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão temporária e 4 mandados de condução coercitiva, nas cidades de Campo Grande (MS), Terenos (MS), Goiânia (GO) e Brasília (DF).

Estima-se que milhares de pessoas tenham caído nos golpes do grupo, que também envolvia a promessa de liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional (LTN). Ficou comprovado que os documentos emitidos aos clientes não possuem lastro ou objeto jurídico plausível. Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas.

Das situações mais absurdas encontradas pelos investigadores, alguns documentos firmavam contrato de “doação mediante pagamento”, e outros chegavam a prometer lucro de até 1000% pelos investimentos.

O nome da Operação Ouro de Ofir é baseado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. Tal cidade nunca foi localizada e nem o metal precioso dela oriundo.