Policiais federais cumprem 13 mandados de busca e apreensão nos Estados de Goiás e Pará

Foto: Reprodução | Marcelo Camargo /Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 2, a Operação Oroborus , que visa combater crime ambiental de tráfico de madeiras extraídas de florestas pertencentes a unidades de conservação federal e terras indígenas, localizadas na região norte do Brasil. 

Cerca de 60 policiais federais estão cumprindo 13 mandados de busca e apreensão nos Estados de Goiás e Pará, sendo um em Aparecida de Goiânia, 11 em Anápolis e um em Marabá.

Os investigados, dentre eles um ex-Superintendente do Ibama em Goiás, poderão responder pelos crimes de associação criminosa e tráfico de madeira, com penas que, somadas, alcançam mais de 12 anos de prisão.

A investigação identificou um grupo criminoso que promove o transporte e comercialização de madeira de origem clandestina do norte pra outras regiões do país, utilizando integrantes que serviam-se de olheiros e batedores a fim de obter informações de policiamento nas estradas, para desviar percursos e evitar fiscalizações.

Em caso de abordagens fiscalizatórias, os integrantes do grupo apresentavam Documentos de Origem Florestal – DOFs e Guias de Transporte Florestal – GTFs falsificados, no afã de dar aparência de legalidade à madeira extraída (angelim-vermelho, angelim-pedra, angico, ipê entre outras espécies).

O nome da operação, de origem grega, faz referência a uma serpente que se alimenta do próprio corpo, isto é, daquilo que dá sustento à sua própria vida. Retrata a prática do tráfico de madeira no país, onde os malfeitores “alimentam-se” da destruição daquilo que é essencial à vida humana, as florestas.