A Polícia Federal (PF) investiga o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) sob a acusação de desviar recursos da cota parlamentar para beneficiar negócios familiares. De acordo com a investigação, Gayer teria utilizado verba pública para favorecer a escola de inglês Gayer e Gayer Idiomas LTDA e a loja de roupas Desfazueli, registrada no nome de seu filho, Gabriel Sander Araujo Gayer.

“A análise dos dados extraídos das mídias eletrônicas apreendidas revelou indícios de que o Deputado Federal Gustavo Gayer teria utilizado espaço físico (Rua T-38, nº 147, QD 116,LT 11, Setor Bueno, Goiânia/GO) alugado com verbas de cota parlamentar, supostamente destinado ao funcionamento de Gabinete Parlamentar, para a operação da empresa Loja Desfazueli e da escola de inglês Gayer Language Institute”, diz trecho da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“Além disso, as mídias extraídas na busca e apreensão teriam revelado que os secretários parlamentares de Gustavo Gayer eram utilizados, no espaço físico locado com verbas de cota parlamentar, para atender às demandas da Loja Desfazueli”, prossegue o magistrado.

Desde fevereiro de 2023, a Desfazueli teria recebido entre R$ 6 mil e R$ 6,5 mil mensais em pagamentos de aluguel cobertos pela cota parlamentar. Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, essa prática pode configurar crime de peculato desvio.

Nas redes sociais a assessoria de imprensa do deputado divulgou uma nota para a imprensa com um receita de bolo, hábito rotineiro do deputado e de seus funcionários. Em uma segunda nota a assessoria esclarece que causa estranheza uma operação policial dois dias antes do segundo turno das eleições municipais.

A nota ainda afirma que o entendimento da equipe do deputado é que ações do tipo na véspera das eleições prejudica a seriedade das decisões e que os atos judiciários interferem diretamente na política local.

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