Entre os indiciados, está o superintendente do Mapa em Goiás, Julio Cesar Carneiro, e o chefe local do Dipoa, Dinis Lourenço da Silva

A Polícia Federal (PF) indiciou 63 pessoas investigadas pela Operação Carne Fraca. O inquérito policial da superintendência da PF no Paraná, entregue no sábado (15) à Justiça Federal do Paraná, apontou que existem provas e indícios suficientes de cometimento de várias infrações previstas no Código Penal.

[relacionadas artigos=”89569,89567″]

Os indiciados deverão responder pelos crimes de advocacia administrativa, concussão, corrupção passiva, crime contra a ordem econômica, emprego de processo proibido ou de substância não permitida, falsidade de atestado médico, falsidade, corrupção, adulteração de substância ou produtos alimentícios, organização criminosa, peculato, prevaricação, uso de documento falso e violação de sigilo funcional.

Entre os indiciados, está o superintendente do Mapa em Goiás, Julio Cesar Carneiro, e o chefe local do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Dinis Lourenço da Silva.

Agentes de inspeção sanitária, fiscais agropecuários federais, chefes de unidades de inspeção, proprietários e funcionários de frigoríficos do Paraná, Goiás e Minas Gerais também integram a lista.

Ainda segundo o relatório, foram indiciados somente os investigados que foram presos preventivamente. Ainda há fatos em apuração que poderão resultar no indiciamento de outros investigados soltos, mas que estão ligados às condutas analisadas.

“Os indícios e provas colhidos ao longo da Operação permitem concluir pela existência de uma organização criminosa atuante dentro da estrutura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tanto no Estado do Paraná como em outros Estados, há fortes evidências das mesmas práticas nefastas pelo menos nos estados de Goiás e Minas Gerais”, diz trecho de relatório da PF.

A operação Carne Fraca foi deflagrada em 17 de março com o objetivo de apurar prática de crimes de corrução por agentes públicos responsáveis pelo trabalho de fiscalização e controle da qualidade e segurança alimentar de produtos agropecuários.

Segundo a PF, fiscais agropecuários recebiam propina de empresas para liberar a emissão de certificados sanitários sem a fiscalização efetiva da carne. (Com informações da Agência Brasil)